Projecto de Investigação
1. Tema geral: Sentido da vida.
2. Tema específico: Psicopatia.
3. Título do trabalho: O sentido da vida de um psicopata.
4. Pergunta a que o trabalho responde: Qual o sentido da vida de um psicopata?
Introdução
Neste trabalho podemos encontrar a definição de psicopatia, as suas características e como se manifesta numa pessoa. Visa também responder as origens desta personalidade e se é ou não considerada uma doença. Pode-se também ler aqui quais os testes mais usados para detectar se um indivíduo é ou não um psicopata e se há cura. Este trabalho foi feito com base numa entrevista à Drª Maria João Avelino.
Psicopatia
Psicopatia (ou sociopatia) é segundo o DSM IV - ou DSM-IV, abreviatura de Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders - Fourth Edition (Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais - Quarta Edição), publicado pela Associação Psiquiátrica Americana (APA) em Washington em (1994), corresponde à quarta versão do DSM e é a principal referência de diagnóstico para os profissionais de saúde mental dos Estados Unidos da América e de Portugal na prática clínica - “…um padrão invasivo de desrespeito e violação pelos direitos dos outros que se inicia na infância ou adolescência e continua na vida adulta”. Pensa-se que as perturbações desta personalidade anti-social são multi-factoriais, isto é, podem ter diversas origens “estas perturbações podem ter um componente genético, um componente biológico, na medida em que pode haver alguma alteração a nível cerebral que desencadeie este tipo de personalidade e tem um componente educacional, social (…) talvez o peso deste ultimo tenha um maior peso do que o resto mas estas coisas estão todas interligadas”,explica a Drª Maria João Avelino. (ANÓNIMO1,2009)(AVELINO, MARIA JOÃO)
Psicopatia pode ser considerada uma doença?
Psicopatia é considerada uma doença na medida em que causa algum sofrimento na própria pessoa, no entanto, ao contrário de outras doenças psiquiátricas, se essa pessoa cometer um crime, como por exemplo, assassinar alguém (que é “típico” de uma pessoa sociopata) ela é imputável pelo acto que cometeu. No caso de outras doenças psiquiátricas como a esquizofrenia que se se provar que cometeu esse acto estando num período crítico da doença em que essa pessoa esteve desligada da realidade é provável que não seja condenado por esse crime. No entanto no caso de um psicopata ele tem a perfeita consciência do que está a fazer. Só mesmo em casos extremos em que se verifica a perturbação boderline da personalidade em que o indivíduo, por vezes, fica desligado da realidade. Mas na maior parte dos casos as pessoas sabem o que estão a fazer, não sentem remorsos e até podem tirar prazer no que estão a fazer, para além de manipularem, tirarem proveito e mentirem constantemente e, por isso, a Drª Maria João afirma que “neste sentido não se pode dizer, propriamente, que seja uma doença”. (AVELINO, MARIA JOÃO)(SOARES FORMIGA, N., 2008)
Características
Para além das características acima referidas (não sentem remorsos, manipulam, tiram proveito dos outros e mentem constantemente) são, também, muito impulsivas, isto é, têm uma grande dificuldade em planear as suas acções e prever ou anteceder as suas consequências. Em crianças, é muito comum matarem ou magoarem gravemente um animal por este, por exemplo, estar a incomodar com o seu latido. Mentem com muita frequência aos seus pais, amigos ou professores e podem ser castigados inúmeras vezes e mesmo assim voltarem a fazer o mesmo. Estão habituados a fazerem aquilo que querem e a não terem limites. Não têm respeito por qualquer regra social (a menos que lhe convenham) e é frequente estas pessoas apresentarem um nível de inteligência médio ou mais elevado que o normal.
“Um psicopata tem, aquilo que nos dizemos, um narcisismo muito exacerbado, isto é, o «eu» é que conta (…) eles também se deprimem mas normalmente é mais no sentido numa falha pessoal (…) ou de algo que deite o «eu» abaixo e a depressão deles manifesta-se mais pela raiva do que propriamente por sentimentos de tristeza”, explica a Drª Maria João. É frequente acharem que são os melhores no seu emprego e se alguma coisa corre mal podem deprimir-se mas muitas vezes essa depressão é projectada nos outros, ou seja, aquilo correu-lhes mal, não porque falharam em termos profissionais mas, porque os seus colegas os querem ver mal e, por isso, fizeram com que eles fossem prejudicados. Tem tendências, visto que não mostram respeito para com a lei, a serem burlões ou ladrões (por exemplo). (AVELINO, MARIA JOÃO)(ALVES,J., 2008)
Testes mais frequentes para detectar esta perturbação
Para ver se um dado indivíduo possui esta perturbação podem se fazer inúmeros testes psicológicos. São testes da psicologia mais vocacionados, obviamente, para o estudo da personalidade, frequentemente chamados de testes projectivos, isto é, a pessoa é colocada perante determinadas situações e as respostas dadas são, como que, uma projecção da própria pessoa. O teste mais comum neste tipo de casos é o teste de Rorschach - Hermann Rorschach, psiquiatra suíço (1884- -1922) - que consistem na interpretação de umas manchas de tinta nuns “cartões” o que via permitir o estudo da personalidade do interpretador. (AVELINO, MARIA JOÃO)(ANÓNIMO2, 2009)
Há cura?
“Normalmente uma personalidade quando está formada não é tratável, aqui o que se pode fazer é «tratar», eventualmente, os seus comportamentos (…)” aclara Drª Maria João. O método mais usual para modificar os seus comportamentos é a psicoterapia. A psicoterapia consiste em “ensinar” o paciente a distinguir o bem do mal e, mais do que isso, fazer com que ele faça o que está bem. Também há medicamentos para tratar a sua impulsividade, assim ao tomar estes medicamentos eles poderão conseguir planear os seus actos e pensar nas suas consequências afim de evita-las.(AVELINO, MARIA JOÃO)
Conclusão
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