Escola secundária de são João do Estoril
Área de projecto
Catarina Lopes
Desenvolvimento infantil
Área de projecto
Catarina Lopes
Desenvolvimento infantil
Catarina da Costa Torres Lopes 12º4 nº3
Estoril, 10 de Dezembro de 2009
Desenvolvimento infantil
Introdução
Este trabalho pretende mostrar como as crianças com de dois anos estão desenvolvidas, e mostrar também quais as suas capacidades de compreensão, percepção e execução de tarefas simples do quotidiano de uma criança.
Um recém-nascido é capaz de ver e ouvir, bem como de perceber e reconhecer cheiros. Mesmo sendo, o desenvolvimento infantil, lento e pausado o cérebro de uma criança tem durante os primeiros anos de vida capacidades sofisticadas. Um exemplo disso é o seu desenvolvimento durante o primeiro ano de vida. Em que:
“Dos zero aos três meses reconhece o cheiro da mãe, ouve bem, reconhecendo também quando á distancia a mãe lhe fala e prefere desenhos em preto e branco, já que nos primeiros 4 meses de vida vê apenas em tons de cinzento, a nível físico nesta altura o bebe deve conseguir aguentar o queixo e peito para cima e tentar agarrar objectos.
Dos quatro aos seis meses é capaz de distinguir cores como o azul, roxo, e amarelo, distingue também rostos e mostra preferência por sabores doces, a nível físico consegue sentar-se com apoio, sentar no colo e agarrar objectos pendentes.
Aos seis meses começa a lidar com a ausência da mãe sendo capaz de ficar sozinho por pouco tempo desde que ainda ouça a mãe.
Dos seis aos oito meses reconhece o horário em que come e começa a explorar objectos e texturas com as mãos. Reconhece e identifica os objectos que lhe pertencem como sendo dele, a nível físico senta-se sozinho e consegue manter-se em pé desde que apoiado em algo.
Dos oito aos dez meses reconhece o próprio rosto e antecipa situações, como por exemplo, que vai á rua quando lhe vestem o casaco. Por esta altura deve começar a gatinhar.” (Ramos, 2009)
A partir do primeiro ano de idade nota-se um maior desenvolvimento a nível físico e psicológico, em que um bebe começa a caminhar sozinho e a perceber frases simples. Claro que tudo isto só é possível, quando existe por parte de quem rodeia os bebes, um estímulo que permita a estes, aprender palavras e gestos novos. Para uma criança desta idade são muito importantes os estímulos externos. (Anónimo 1, s/d)
Quando se aproxima dos 2 anos de idade (24 meses) um bebé estimulado normalmente é capaz de transportar objectos na mão enquanto caminha, o que demonstra um grande desenvolvimento físico. Com 2 anos de idade um bebé é também capaz de brincar ao faz-de-conta por exemplo dar o almoço/jantar aos bonecos, ou seja, percebe para que servem os objectos e utiliza-os como se fosse de verdade, nesta idade são também comuns birras porque é uma idade em que as crianças são muito sensíveis a aprovação/desaprovação dos adultos e começam a ter sentimentos de posse em relação aos seus objectos sendo difícil partilha-los. Nesta fase o bebé já consegue abrir caixas, portas e até calçar os sapatos de fecho mais simples. Já tem em média dezasseis dos vinte dentes de leite e é altura de começar a pensar em tirar-lhe a fralda. O bebé começa a responder às perguntas e a estabelecer pequenos diálogos consigo, e claro, muito traquina, as suas respostas favoritas vão ser o “não vou”, “não quero” e “não gosto”. (Anónimo 2, 2009)
Experiências
Decidi que para me ajudar neste trabalho deveria efectuar experiencias e observar um bebé, do sexo feminino com 23 meses. As experiencias efectuadas foram sempre com o intuito de perceber o desenvolvimento de uma criança nesta fase vendo como ela se adapta a situações do dia-a-dia.
Experiência nº 1: Vestir e despir
Nesta primeira fase decidi começar por algo simples, ao qual é sujeita diariamente. Esta bebé veste-se ainda com a ajuda de um adulto mas sozinha consegue por os braços nas camisolas e casacos, já despir é bem mais fácil e consegue tirar toda a sua roupa facilmente à excepção do Body pois os botões são um pouco difíceis de desabotoar. É de salientar que as birras com a roupa são constantes devido à sua idade e sensibilidade com a aprovação/desaprovação dos adultos.
Experiência nº2: Higiene
Experiência nº3: Formas e cores
Esta fase começa a ser um pouco mais a cerca do desenvolvimento intelectual, e para isso utilizei um brinquedo com cubos, triângulos, esferas, rectângulos e buracos que correspondiam a estas formas, todos coloridos. Pedi-lhe que coloca-se todos no sítio certo e ela foi capaz de executar a tarefa na perfeição, no entanto quando lhe perguntei as cores dessas peças já se mostrou um pouco menos apta, confundido o cor-de-rosa com o vermelho o amarelo com o laranja.
Experiencia nº4: Musica
Como todos os bebés este está na maioria das vezes bem-disposto, e quando houve musica, dança bastante, com muito ritmo e mostrando um óptimo equilíbrio, mas devido ao seu vocabulário desenvolvido reparei que não só dança dentro do ritmo como canta com a entoação necessária da música. Canta músicas daquelas que lhe cantamos para a adormecer e canta as músicas dos genéricos de muitos dos seus desenhos animados preferidos.
Experiencia nº 5: Desenhos animados
Esta é uma bebé que como muitos outros, adora ver desenhos animados, mas claro que existe uns que gosta mais do que outros, os que adora vê tão atentamente que podemos tentar falar com ela que ela não nos responde, canta, dança e sente o que as personagens dos desenhos animados estão a sentir, podemos ver isso pelas suas expressões faciais ao longo do tempo em que vê os desenhos animados. Um dos seus desenhos animados preferidos é a historia de uma princesinha e vê com tanta atenção que faz questão de horas ou dias depois fazer coisas como as que viu nesses episódios. Por exemplo num dos episódios a personagem está a jogar um jogo de tabuleiro e ganha muitas vezes, dias depois mostrei-lhe um jogo semelhante ao desse episódio e ela começou a dizer com muita felicidade que tinha ganho o jogo.
Por último fiz uma experiencia sobre a partilha dos seus objectos, nesta experiencia ofereci-lhe um brinquedo e após cerca de 10 minutos “obriguei-a” a partilha-lo com outro miúdo da sua idade. Como era de esperar pediu-me vezes sem conta para tirar o brinquedo ao outro menino, mas nunca ela tomou a iniciativa. O que mostra um certo sofrimento por estar a partilhar as suas coisas mas também um respeito, medo e vergonha de ser ela mesma a tirar o brinquedo ao outro menino.
Conclusão
Conclui com todas estas experiências que esta é uma bebé que tem de facto um desenvolvimento notável que advém de um grande estímulo por parte dos familiares próximos. Por isso no decorrer destas duas semanas a observá-la pude verificar que o seu desenvolvimento vai para além do que seria de esperar com a sua idade. Mas para ter um ponto de comparação observei outro bebé (sem efectuar as experiencias, mas observando o seu dia-a-dia) também do sexo feminino mas com menos 2 meses que a primeira, ou seja, 21 meses e assim pude ver que a bebé de 23 meses tem um vocabulário muitíssimo mais extenso que a segunda bebé e até que a maioria dos bebés da sua idade e sendo irrequieta mostra-se fisicamente mais desenvolvida. A primeira bebé, come sozinha, ajuda no banho e a vestir-se, corre, fala com muito mais afluência e facilidade do que a segunda que com 21 meses tem o seu vocabulário limitado a palavras como “mamã”, “papá”, “xixi” e pouco mais, sendo fisicamente muito mais limitada e menos desenvolvida, esta é também uma prova de que o estimulo externo é um factor muito importante para o desenvolvimento infantil.
Bibliografia
Ramos, Isabel, “O que vai na cabeça dos bebés”publicado na revista “Domingo” do Correio da Manha, edição nº11137 a 29.11.09
Netografia
Anónimo 1 s/d, ”Desenvolvimento do bebé”online in http://milupa.pt a 30.11.09
Anónimo 2, s/d, “Etapas de desenvolvimento da criança e do adolescente” online in http://www.insight.pt a 01.12.09
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