quarta-feira, 26 de maio de 2010

Nº2 - Bernardo Braga (Daltonismo)


Projecto de Investigação

1. Tema geral: Domínio Mental
2. Tema específico: Daltonismo
3. Título do trabalho: O caminho das cores
4. Pergunta a que o trabalho responde: Serão as pessoas com daltonismo portadoras de um atraso ou avanço mental?
5. Programa: para elaborar este trabalho vou recorrer à internet e tirar algumas conclusões próprias para responder à pergunta.

Bernardo Barbosa Sequeira Braga

Turma 4, nº 2

Estoril, 14 de Novembro 2009

Introdução

Este trabalho irá revelar o que é o daltonismo, todos os tipos existentes que classificam mais exactamente o problema e se a doença terá alguma relação directa com a capacidade mental do indivíduo. Nesta primeira página irei esclarecer o que é o daltonismo e a segunda estará reservada para uma relação entre as causas do problema com o cérebro e se este de facto afecta a inteligência.

O daltonismo

O daltonismo é uma apreensão visual expressa pela incompetência de discernir as cores com exactidão, que poderão ser em todas ou apenas em algumas. Esta doença manifesta-se mais habitualmente na dificuldade de distinguir o verde do vermelho; Sendo que assim existem vários tipos de daltonismo, que irei falar mais à frente. Este defeito na visão é normalmente derivado do património genético do indivíduo, porém possa ser oriunda de uma contusão nos órgãos encarregados pela percepção visual, ou ainda uma lesão a nível neurológica.

Este distúrbio passou a ser conhecido depois do químico John Dalton (1766 – 1844) estudar a anomalia pela primeira vez pois ele próprio sofria desta mesma doença. Segundo os seus estudos, o problema está relacionado com o cromossoma X, pelo que ocorre mais frequentemente nos homens do que nas mulheres por causa dos seus cromossomas sexuais do homem serem XY e nas mulheres serem XX; onde teriam de constar anomalias em ambos os cromossomas X, dado que é uma doença recessiva e assim obrigatoriamente para que esta doença se manifeste na mulher teriam então de os dois cromossomas estarem afectados – o que seria menos provável a nível de probabilidades. (Wikipédia)

Tipos de daltonismo

O daltonismo não deve ser avaliado em níveis, mas sim em tipos. Existem portanto três grupos que os diferenciam: Monocromacias, Dicromacias e Tricomacias anómalas. A monocromacia é a percepção apenas da luminosidade na visão, o que significa que o indivíduo irá ver apenas a preto e branco ou numa escala de cinzentos; Este tipo de daltonismo é muito raro nos seres humanos, mas bastante frequente nos animais, mais principalmente nos animais cujo o seu horário activo é durante a noite como o caso dos mochos. A dicromacia, que assenta em três subclasses distintas, das quais uma é a Protanopia atingindo cerca de 1% dos homens, consiste numa incapacidade de distinguir as cores entre o verde, o amarelo e o encarnado, pois os portadores dessa doença irão escurecer demasiado essas cores. Poderão confundir o encarnado com o preto ou com o cinzento-escuro e o encarnado dos semáforos pode até mesmo estar suprimido. A Deuteranopia, a segunda subclasse, afectando cerca de 6% dos homens, é caracterizada pela impossibilidade de especificar correctamente os tons de verde (em que o verde é uma das três cores fundamentais: vermelho, verde e azul). Por fim, dentro da Dicromacia surge o último subgrupo, tritanopia, que afecta menos de 1% dos homens e das mulheres, em que os afectados estão incapacitados de distinguir entre as cores azuis e amarelas. Nos tipos de daltonismo ainda surge um terceiro chamado Tricomacias anómalas como já referi anteriormente. Este último tipo é oriundo de uma mudança no pigmento dos fotoreceptores onde se revela em três anomalias diferentes; o primeiro, denominado protonomalia é caracterizado por uma menor sensibilidade ao vermelho e num escurecimento das cores, o que pode fazer com que o individuo confunda o vermelho com o preto. A deuteranomalia, que é a mais vulgar de todos os casos de daltonismo resulta de uma dificuldade em discernir os verdes. E por fim a tritanomalia que é bastante rara, impossibilita o indivíduo portador desta doença distinguir as cores na faixa do azul-amarelo. (BBC)

Relação com a capacidade mental do indivíduo

Como já referi o daltonismo surge através de herança genética, lesões nos órgãos sensoriais da visão ou de problemas neurológicos. O facto de esta doença estar ou não relacionada com a inteligência do indivíduo é ainda uma incógnita aos olhos dos cientistas. Porém certos estudantes de uma universidade tentaram perceber se havia ou não uma influência do daltonismo sobre a inteligência dos afectados. Os estudantes da universidade de Toledo, universidade de medicina situada nos estados unidos da América, começaram por realizar um teste de daltonismo, o chamado teste de Ishihara (um teste que consiste em observar uma imagem e ver o caracter que se encontra nela) para saberem quem eram os alunos afectados pela doença do daltonismo e os que não eram para os dividirem em dois grupos complementares, a média do teste de inteligência para os daltónicos tendeu a ser um pouco mais elevada do que os que não sofrem da doença. Com isto os estudantes puderam concluir que as pessoas daltónicas constavam com um ligeiro avanço mental, mas será isto devido ao facto de haver uma probabilidade da doença ser causada por problemas neurológicos? Eu penso que não, pelo simples facto de que a área do cérebro que controla a visão é a do lobo occipital, e esta não é responsável pela capacidade intelectual do indivíduo. Talvez seja mais inteligente na medida em que está habituado a lidar com um problema que é ver duma cor tudo aquilo que a maioria das pessoas não vêem e não concordam, e coloca-o numa situação em que o obriga a ser mais autónomo, descobrir por si a diferença entre o preto e o branco e não ir na boca do povo. (Psycnet)

A minha experiência com o daltonismo

Sempre suscitaram algumas dúvidas quanto à minha visão, que até aparentava ser normal, mas alguma discordância em analisar o tom ou até mesmo a cor de um dado objecto. Resolvi então realizar o teste de Ishihara com alguém que se soubesse à partida que não era daltónico. A qualquer imagem que eu analisasse, constatávamos que a resposta apontava para uma deficiência do tipo Dicromacia, em que as minhas principais dificuldades assentavam sobretudo em discernir diferentes tons de verdes e de encarnados.

No âmbito da realização deste trabalho ainda pude fazer uma descoberta, que derivada de alguma curiosidade, decidi colocar mediante dos olhos um bocado de papel celofane (película transparente extremamente fina, usada geralmente como envoltório) encarnado e olhar para as imagens do teste de Ishihara e pude observar os caracteres que os indivíduos não daltónicos observam.

Conclusão

Na minha opinião a cor com que se vê a vida não influencia deveras a inteligência do indivíduo afectado, no entanto pude concluir que estudos apontam realmente para um ligeiro avanço mental num indivíduo portador desta doença.

Se ao menos todos víssemos a preto e branco,

Não havia o cinzento das entrelinhas!


Testes de daltonismo

Pessoas com uma visão normal deverão ver o número “74” e as pessoas afectadas pelo daltonismo irão ver o número “21”.

Pessoas com uma visão normal deverão ver o número “5” e as pessoas afectadas pelo daltonismo irão ver o número “2”.

Pessoas com uma visão normal deverão ver a letra “U” e as pessoas afectadas pelo daltonismo irão ver a letra “G”.

Nos três casos eu vejo

o 21, o 2 e a letra G.

(toledo-blend)

6369 Caracteres


Bibliografia de base

BBC (2009) Color Blindness. Online in http://www.bbc.co.uk/dna/h2g2/alabaster/A134308 , consultado em 13.11.2009

Wikipédia (2009) Color Blindness. Online in http://en.wikipedia.org/wiki/Color_blindness , consultado em 13.11.2009

MedecineNet (2009) Definition of daltonism. Online in http://www.medterms.com/script/main/art.asp?articlekey=7036 , consultado em 16.11.2009

Psycnet (2009) The influence of color blindness on intelligence and achievement of college men. Online in http://psycnet.apa.org/journals/apl/19/3/320/ , consultado em 14.11.2009

Toledo-blend (2009) Ishihara test for color blindness. Online in http://www.toledo-bend.com/colorblind/Ishihara.asp , consultado em 17.11.2009


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