A Pressão a Que Um Jogador de Futebol Está Sujeito
2. Tema específico: Futebol
3. Título do trabalho: A pressão a que um jogador de futebol está sujeito
4. Pergunta a que o trabalho responde: O que leva um jogador de futebol a cometer uma agressão?
5. Programa: pesquisa na internet e consulta de livros sobre o tema específico
André Filipe Roberto Mané
12º4, nº32
Introdução
Neste trabalho tenta explicar a quem o ler, as pressões psicológicas que um jogador de futebol está sujeito. Estão explicados os papéis do treinador, do jogador, as qualidades psicológicas específicas que deve possuir e está também presente um exemplo no qual existiu um comportamento violento. O futebol é um desporto psicologicamente exigente, tanto a nível intelectual como afectivo, exigindo ainda um rápido e eficaz tratamento da informação, motivação constantes e capacidade de integração em grupo.
O papel do treinador
Um jogador de futebol tem que estar psicologicamente preparado a todo o momento. Este desporto apresenta pressões psicológicas específicas, devendo os treinadores, nos escalões de formação, dar prioridade à educação, como se fossem pais. (Ruas, A.M.; 2008)
O treinador tem que ser capaz de analisar as capacidades e qualidades do jogador, tanto em situação de treino como em competição. Nunca perdendo de vista o objectivo de desenvolver e aperfeiçoar o jogador para um melhor rendimento da equipa e do jogador. (Ruas, A.M.; 2008)
A Pedagogia activa é extremamente importante, não se pode exigir uma melhoria instantânea.
Qualidades psicológicas do jogador
As qualidades psicológicas que um jogador deve possuir são: solidariedade, persistência, motivação, combatividade, perseverança, controlo emocional, autoconfiança, etc. Os jogadores mais jovens são motivados para o jogo e necessitam mais de desenvolver a sua autoconfiança. A idade e a experiência trazem uma maior autoconfiança, um maior realismo e percepção das situações que poderão ocorrer durante o jogo ou durante toda a competição. (Silvério, J. e Srebro, R. S/D)
A agressividade
A agressividade ou o comportamento agressivo é o “início intencional do comportamento violento é prejudicial. "Violento" significa qualquer ofensa física, verbal ou não verbal, enquanto "comportamento para causar dano", quer dizer, qualquer intenção ou acção prejudicial.”. (Sage, G. 1986)
A agressão física de um jogador contra o outro durante um jogo de futebol? De um modo geral, se as regras do jogo forem respeitadas, ou seja, se não houver excesso e ninguém extravasar os limites do próprio jogo de futebol, o jogador que cometer a infracção estará amparado pelo “exercício regular de direito”, o que torna a agressão um acto que não seja crime nem ilícito; por outro lado, caso um jogador, ao lesionar o outro, não tenha obedecido às regras do jogo de futebol, responderá por agressão, tendo havido “abuso de direito”. Entende-se ainda que o jogador que, durante a paralisação da partida (portanto fora do contexto do jogo), ataca e fere outro jogador, praticando um acto que não seja inerente ao futebol, estará a praticar um crime de lesão corporal, até porque estará também a cometer uma agressão intencional e fora das regras do jogo. Ainda: se o jogador agredido revidar imediatamente, no jogo, não responderá por crime lesão corporal, pois terá agido em legítima defesa por agressão injusta. (Sage, G. 1986)
A agressividade que ocorre não só no futebol, mas como no desporto em geral, pode-se tornar um problema social. A agressividade reflecte factores sociológicos, factores de personalidade e de formação do jogador, factores sociais mais amplos, por exemplo, a forma como o tema aparece tratado na comunicação social e factores associados ao treino e à competição (treinador, claques, contexto desportivo). (Brito, A. P. S/D)
Apesar de a maioria dos jogadores apresentar pouca agressividade hostil ou reactiva, muitas vezes apresentam uma agressividade atlética mais acentuada. Os jogadores seniores têm uma maior agressividade reactiva ou hostil, aquela que tem como único objectivo prejudicar o adversário, do que os jogadores do escalão júnior, segundo os estudos de B. Kirker, G. Tenenbaum e J. Mattson. (Brito, A. P. S/D)
Embora os dirigentes e responsáveis desportivos e o sistema social não defendam a agressividade no desporto, também não contribuem em nada para um ambiente de prática desportiva mais favorável a comportamentos menos agressivos e moralmente mais correctos e aceitáveis. Os treinadores, por exemplo, poderiam ajudar os seus jogadores a substituir os comportamentos agressivos por alternativas mais aceitáveis e igualmente eficazes para o rendimento da equipa. Pelo impacto social que o desporto tem, em muitos países, poderia se tornar num exemplo de atitudes e comportamentos pautados pela aceitação e tolerância. (Brito, A. P. S/D)
Exemplo de um comportamento agressivo
Todos nós nos lembramos das imagens do descontrolo emocional de Pepe, jogador luso-brasileiro ao serviço do Real Madrid, que agrediu violentamente um jogador adversário e ainda agrediu mais dois levemente adversários. Muitos afirmaram que foi pura maldade, outros que se descontrolou no momento.
Podemos dizer que um atleta, principalmente os de alto rendimento, é lhes exigido uma dedicação intensa para obter os melhores resultados possíveis, sejam eles individuais ou colectivos.
O quotidiano de um atleta envolve sempre imensa pressão, desde a luta por um lugar na equipa para ser opção para o treinador, a luta contra si próprio para se superar, depois vem a imprensa que tem um papel importante, são as noticias que podem elevar demasiado a auto-estima de um jogador ou então tirar-lhe a auto-estima com noticias ruinosas para a sua carreira mas que mexem com o seu interior e leva a mudanças de comportamentos. (Silvério, J. e Srebro, R. S/D)
Dai a importância que o treinador terá que ter nas relações com os atletas de modo a que conheça bem a sua personalidade, pois é o elemento mais próximo do atleta ao longo da época, e mesmo clubes que tenham psicólogos para se poder planear programas de treino psicológico é necessário saber se existe um estado psicológico característico que permite ao atleta alcançar o seu máximo rendimento, mas para isso são necessárias investigações. (Silvério, J. e Srebro, R. S/D)
Sei que tudo isto não desculpa as atitudes que muitas vezes se vêem em campo, mas se podermos entrar um pouco na pele desta caso do Pepe, poderemos compreender de uma forma diferente e compreender é mais importante que criticar.
Tentemos visualizar, o Real Madrid na luta pelo titulo, jogo empatado, de repente uma falta cometida por si que poderá deitar por terra todos os sonhos, os seus, os dos colegas, dos sócios, a sensação de injustiça no momento, a confusão de ideias, a revolta, a fúria principalmente que se debate no seu interior, tudo isto é muito difícil para a pessoa que o vive, para nós que assistimos é apenas um acto de violência mas é importante apurar o que está por detrás daquela atitude sabendo que é indesculpável a sua atitude. E tudo isto agravado com o mediatismo gigantesco que existe no Real Madrid e na Liga Espanhola.
Conclusão
Em suma, um jogador está constantemente sob variados tipos de pressão. Pressão da imprensa, pressão dos treinadores, pressão dos adeptos, etc. Cada jogador reage de maneira diferente a estas pressões mas consoante as suas características poderia se conseguir determinar e treinar os jogadores que são mais susceptíveis a cometer agressões.
6907 caracteres
Bibliografia
Ruas, A. M. (2008) Formação do jogador de futebol. Online in http://formareducarcompetir.blogspot.com/2008/03/formao-do-jogador-projecto-de-treino.html, consultado em 28.11.2009.
Sage, G. (1986). Effects of Physical Activity on ChildrenLeitão, L. A. & Tubino, M. J. G. (2002). A moral e a ética do carrinho no futebol.
Cozac, J. R. (2000) Futebol e Psicologia. Online em http://www.existencialismo.org.br/jornalexistencial/renatafuteboljoao.htm, consultado em 29.11.2009.
Brito, A. P. (S/D) Psicologia do Desporto para Atletas
Silvério, J. e Srebro, R. (S/D) Como ganhar usando a cabeça Guia de Treino Mental para o Futebol
Sem comentários:
Enviar um comentário