quarta-feira, 26 de maio de 2010
Nº11 - Joana Madruga (“Desapareceram no triangulo das bermudas… outra vez”)
Estoril, 14 Novembro de 2009
Projecto de Investigação
1. Tema geral: Ética.
2. Tema específico: Mistérios.
3. Título do trabalho: O Triângulo das Bermudas.
4. Pergunta a que o trabalho responde: O que aconteceu ao voo 19 no Triângulo das Bermudas?
5. Projecto: neste trabalho pretendo investigar onde é o Triângulo das Bermudas, porque é que se tornou uma área reconhecida mundialmente, o que aconteceu ao Voo 19 e possíveis explicações para os acontecimentos que aí ocorreram.
Introdução
Este trabalho individual de grupo no âmbito da disciplina de Área de Projecto tem como propósito investigar o que sucedeu com o voo 19, grupo de 5 aviões Avenger americanos, que desapareceram na área do Triângulo das Bermudas. Tem ainda como objectivo apresentar as diversas explicações sugeridas por estudiosos cépticos e não cépticos que se dedicaram a estudar os acontecimentos estranhos que se deram no Triângulo das Bermudas.
O que é o Triângulo das Bermudas?
O Triângulo das Bermudas, também conhecido como o Triângulo do Diabo, é uma área no Oceano Atlântico limitada por Fort Lauderdale (Florida), Bermudas e Porto Rico (embora a sua forma e tamanho varie consoante o autor). O nome Triângulo das Bermudas foi utilizado pela primeira vez em Maio de 1964 num artigo de Vicent Gaddis para a revista Argosy e continua a ser um dos maiores mistérios do planeta (Enciclopédia, 2002).
Hoje, já não se sabe o que é mais estranho: os desaparecimentos que ocorrem no local há séculos ou as teorias para explicar esse fenómeno. O que se sabe em concreto é que nessa área do Oceano Atlântico, ocorreram vários incidentes envolvendo o desaparecimento de aviões e navios, em que a maioria jamais foi encontrada. Esta região recebeu especial atenção quando se deu um dos casos mais famosos registados até hoje nessa zona, em que 6 aviões da marinha americana desapareceram com seus tripulantes sem deixar o menor vestígio (Reis, 2007).
Os mistérios do Triângulo das Bermudas
É conhecida pelo elevado número de navios, pessoas e aviões desaparecidos sem causa aparente ou lógica, em que raramente há um pedido de socorro.
Evitado por aviadores experientes e desprezado por cépticos, o Triângulo das Bermudas é uma zona pouco estudada (Donnely, 2009).
Ao longo dos anos inúmeras teorias foram propostas e examinadas mas a maioria, se não mesmo todas, foram rejeitadas. Um dos que notaram os fenómenos desta área de modo científico foi o professor Wayne Moshejian, físico da Universidade de Longwood (Virigínia). Observou que, a partir de 1975, os satélites da orbita polar ANOA (administração Nacional de Oceanografia e Atmosfera), a uma altitude de 1500 km, apresentavam defeitos apenas quando se situavam sobre a região das Bermudas. O professor Wayne crê que haja algum tipo de energia externa sob a água ou um enorme campo magnético que apaga as fitas magnéticas nas quais as imagens são registadas mas, por uma causa misteriosa, essa “energia” não interfere no padrão orbital do satélite (Anónimo 1, 2009).
Defeitos nos instrumentos são comuns na superfície marítima do Triângulo. Pilotos de pequenas e grandes embarcações, assim como os de aeronaves comerciais, dizem que é comum a desorientação das bússolas nesta zona.
Voo 19 - De todos os “desaparecimentos misteriosos” do Triângulo das Bermudas, o voo 19 é o mais conhecido
O Voo 19 era a designação do grupo de cinco aviões, Avengers TBM da Marinha, que partiu da Base Aeronaval de Forte Lauderdale, na tarde de 5 de Dezembro de 1945, e que desapareceram, juntamente com o avião Martin Mariner que foi enviado para procurá-los (Enciclopédia, 2002).
Este era constituído por 13 homens, no início por 14 – 5 comandantes e 9 alunos do último ano de estágio - mas um dos alunos pediu para ser retirado da turma devido a um “pressentimento”, restando apenas 13 homens. O Tenente Charles Taylor (com mais de 2.500 horas de voo) era quem estava a comandar a esquadrilha. Tanto os pilotos como os tripulantes eram experientes. Na altura, a temperatura era de 18,3ºC, dia de sol e havia pequenas nuvens dispersas no céu. Não havia nenhuma razão para esperar algo anormal naquela missão rotineira do Voo 19. Mas algo aconteceu. Por volta das 3h15 a Torre da Base Aeronaval de Forte Lauderdale recebe uma mensagem fora do normal do líder da esquadrilha; as gravações mostram o seguinte:
Líder da Esquadrilha (Tenente Charles Taylor): — Cha¬mando a torre. Isto é uma emergência. Parece que estamos fora do rumo. Não consigo ver a terra... Repito... Não consigo ver a terra.
Torre: — Qual é a sua posição?
LE: — Não estamos certos de nossa posição. Não tenho a certeza de onde estamos... Parece que es¬tamos perdidos.
T: — Mude o rumo para oeste.
LE: — Não sabemos para que lado fica o oeste. Tudo está errado... Estranho... Não temos certeza de nenhuma direcção — até mesmo o oceano parece diferente, es-quisito...
Foi se tornando cada vez mais difícil captar as mensagens do Voo 19 devido à estática. Os tripulantes do Voo 19 deixaram de ouvir as mensagens enviadas pela Torre de Controlo, no entanto esta conseguia ouvir as mensagens trocadas entre os aviões do respectivo voo. Algumas dessas mensagens faziam referência à possível falta de combustível – gasolina para apenas mais 100 km de voo -, a ventos de 120 km/h e à desorientação das bússolas, de todos os aviões (“todas tinham ficado malucas”), cada uma dava uma leitura diferente.
A esta altura os elementos da marinha que se encontravam na Base de Fort Lauderdale já tinham conhecimento do que se passava com o Voo 19 e decidiram enviar um avião de resgate, um bimotor Martin Mariner, hidroavião de patrulha com uma tripulação de 13 pessoas.
Às 16h25 ouve-se, pela última vez, o Capitão Stiver (um dos membros do Voo 19):
Capitão Stiver: — Estamos em águas brancas... Estamos completamente per-didos...
Poucos minutos depois, a Torre de Controlo recebeu uma mensagem do Tenente Come, um dos oficiais do Martin Martiner, afirmando que havia ventos fortes acima dos 2 mil metros. Esta foi a última mensagem recebida do avião de resgate. Logo depois todas as unidades de busca receberam uma mensagem informando que eram seis e não cinco aviões que tinham desaparecido. O avião de resgate também desaparecera.
Um pouco depois das 19h a Base Aeronaval de Opa-Locka em Miami captou a seguinte mensagem:
- FT … FT … - que era o prefixo dos aviões do Voo 19, o avião do instrutor do voo era o FT-28; mas se esta chamada fosse mesmo da “patrulha perdida”, à hora em que foi captada indicava uma transmissão após duas horas de os aviões presumivelmente já estarem sem gasolina.
As buscas aéreas, iniciadas no dia do desaparecimento, foram suspensas quando escureceu, mas barcos do Serviço da Guarda Costeira continuaram a procurar sobreviventes a noite inteira. No dia seguinte, centenas de aviões e navios foram procurar em alto-mar, mas não encontraram vestígios nem dos Avengers nem do Mariner desaparecidos. Não foram encontrados na altura nem depois (Berlitz, 2008).
Possíveis explicações para os “mistérios” que ocorrem neste local
• Acidentes técnicos
• Erro humano
• Tempestades repentinas
• Choques com animais marinhos
• Vulcanismo submarino
• Anomalias magnéticas
• Bolhas de água que destroem tudo o que estiver perto destas
• OVNIs
• Acção de piratas
• Acção de tráfico de drogas e contrabando
• Armadilhas de tempo em que os pilotos não identificam o local e as condições
(…)
(Obringer, 2006)
Conclusão
Com o desenvolvimento tecnológico foi possível estudar melhor os fenómenos que sucediam no “Triângulo do Diabo” e para alguns acontecimentos foi possível obter uma explicação racional. No entanto existem ainda outras situações em que não foram encontradas explicações plausíveis, continuando, ainda hoje, a ser um mistério os inúmeros desaparecimentos que lá ocorrem.
Fonte de Pesquisa
- Enciclopédia (2002), O Triângulo das Bermudas. Online in: http://www.enciclopedia.com.pt/, consultado em 17.11.2009
- Obringer, L. A (2006), HowStuffWorks, Online in: www.pessoas.hsw.uol.com, consultado em 16.11.2009
- Porto Reis, W. (2007), Triângulo das Bermudas – Construindo o mistério, Online in: www.projetoockham.org, consultado em 16.11.2009
- Berlitz, C. (2008), Charles Berlitz - O TRIANGULO DAS BERMUDAS I, online in: http://www.scribd.com/, consultado em 15.11.2009
- Donnelly, N. (2009) Is it real? Online in: http://channel.nationalgeographic.com, consultado em 15.11.2009
- Anónimo 1 (2009), Conspiracies & Miths, Online in: www.yourdiscovery.com, consultado em 15.11.2009
Documentários
- History Channel (2001), Patrulha perdida: o Voo 19. Online in: http://www.archive.org/ , consultado em 15.11.2009
IMAGENS: fonte
- Figura 1 - http://dokatano.blogspot.com/2008/09/o-tringulo-das-bermudas-parte-i.html
- Figura 2 - http://www.enciclopedia.com.pt/articles.php?article_id=670
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