quarta-feira, 26 de maio de 2010
Trabalhos de Grupo
Já no 2º Período e tendo como plano ocupar o resto do ano lectivo, começámos os nossos trabalhos de grupo, tendo-se a turma dividido em quatro, com o tema geral de Promover Portugal. As alunas Ana Rita Antunes, Filipa Madruga, Joana Madruga e Vanessa Gaio compuseram o Grupo 1 com o tema Álbum de Sintra, os alunos Bernardo Braga, Diogo Costa, João Beja e Daniel Moutinho juntaram-se no Grupo 2 com o tema Guia de Cascais, o Grupo 3 foi composto pelas alunas Catarina Lopes, Jessica Cardoso, Leonor Marques e Renata Vicente sob o tema Rota dos Sabores Lisboa-Cascais-Sintra, tendo o Grupo 4 de Henrique Hirche, Marina Fiães, Marta Monteverde e André Mané escolhido o tema 24 Horas em Lisboa. Todos estes grupos possuem uma página no Facebook e um blog com o intuito de promover e apresentar os seus trabalhos, podem visitá-los e ficar a conhecer os seus projectos nas hiperligações abaixo.
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Nº32 - André Mané (2º trabalho)
A música RAP
Projecto de Investigação
1. Tema geral: Ética
2. Tema específico: RAP
3. Título do trabalho: A música RAP
4. Pergunta a que o trabalho responde: Será justo apelidar a música RAP de violenta e instigadora à violência?
André Filipe Roberto Mané
12º 4, nº 32
O que é o RAP?
O RAP (Rhythm and Poetry) é o discurso rítmico com rimas, sendo um dos elementos da música e cultura hip hop. O RAP tem uma batida rápida e acelerada e a letra vem em forma de discurso, muita informação e pouca melodia. Geralmente as letras falam das dificuldades da vida dos habitantes de bairros pobres das grandes cidades. (Anónimo 1. S/D)
O RAP é um estilo musical raro em que o texto é mais importante que a melodia, que o acompanha. É um dos dois únicos estilos musicais da história da música ocidental em que o texto é mais importante que a música, sendo o outro o canto gregoriano. (Anónimo 1. S/D)
Geralmente, o RAP é cantado e tocado por uma dupla composta por um DJ (disc-jóquei), que fica responsável pelos efeitos sonoros e misturas de sons, e por MC’s (mestres-de-cerimónias) que se responsabilizam pela letra cantada. Quando o RAP possui uma melodia, ganha o nome de hip hop. Um efeito sonoro muito típico do rap é o scratch (som provocado pelo atrito da agulha do toca-discos no disco de vinil). Foi o rapper Graand MasterFlash que lançou o scratch. Outro recurso muito presente no RAP é os samples (amostras), que são pequenas "pedaços" de outras músicas, covers(pré-gravadas), e inseridas digitalmente numa nova música. Os samples tanto podem ser da parte instrumental de uma música como podem ser de vocais.
O cenário rap é complementado por danças com movimentos rápidos e malabarismos corporais. O break dance, por exemplo, é um tipo de dança relacionada ao RAP. O cenário urbano do RAP é formado ainda por um visual repleto de grafites nas paredes das grandes cidades. (Anónimo 1. S/D)
A origem do RAP
A origem do rap remonta à Jamaica, mais ou menos na década de 1960 quando surgiram os sistemas de som, que eram colocados nas ruas dos guetos jamaicanos para animar bailes. Esses bailes serviam de fundo para o discurso dos "toasters", que comentavam assuntos como a violência das favelas de Kingston e a situação política da ilha e de outros assuntos, como sexo e drogas. (Anónimo 1. S/D)
No início da década de 1970 muitos jovens jamaicanos foram obrigados a emigrar para os Estados Unidos da América, devido a uma crise económica e social que se abateu sobre a ilha. O DJ jamaicano Kool Herc, introduziu em Nova Iorque a tradição dos sistemas de som e do canto falado, que se sofisticou com a invenção do scratch. (Anónimo 4. S/D)
O primeiro disco de rap que se tem notícia, foi registado em vinil e dirigido ao grande mercado (as gravações anteriores eram "piratas") por volta de1978. (Anónimo 4. S/D)
No começo da década de 1980, muitos jovens norte-americanos, cansados da “disco music”, começaram a “mixar” músicas, e criar sobre elas, arranjos específicos. O funk e o jazz também foram “ancestrais directos” do RAP. As músicas de James Brown já serviram de base para muitas músicas de rap. É considerado o marco inicial do movimento rap norte-americano, o lançamento do disco Rapper’s Delight, do grupo Sugarhill Gang. (Anónimo 4. S/D)
Inicialmente, os temas das letras giravam em torno de assuntos como festa e diversão, que aos poucos foram substituídos por outros temas como as desigualdades sociais e o combate ao racismo. Vinte anos depois, tornou-se um dos estilos musicais mais popular em todo o mundo.
O rap, assim como o blues, no seu início era um ritmo mais comum entre pessoas de classe social mais baixa e que, com o tempo, invadiu o mercado de todos os grupos sociais, sendo um dos estilos musicais que mais vendeu no mercado popular dos anos 90 até o início da década de 2000. Mas, desde 2006, a venda do RAP tem caído drasticamente, muito por culpa dos downloads ilegais. (Anónimo 1. S/D)
Em Portugal a primeira compilação de RAP surgiu em 1994 com o nome de”Rapública”, que continha músicas de vários rappers portugueses. (Anónimo 1. S/D)
Tipos de RAP
Existem vários tipos de RAP, entre eles, o Freestyle, o “Gangsta Rap”, o Underground, Pop Rap e o Rap Core.
O Freestyle é o modo de cantar o rap de forma improvisada. Colocando versos feitos na hora, baseados nos versos dos seus adversários. Geralmente os MC's participam em “battles”, disputas de Freestyle onde um tenta ser melhor do que o outro. (Anónimo 2. S/D)
O Rap Core é a combinação do rap com estilos como o punk, o funk e também metal. Apareceu nos anos 80 e, na verdade, os pioneiros neste estilo foram os Run DMC. No Rap Core é comum falar sobre temas de cariz políticos A sonoridade é criada através de batidas de hip hop acopladas a instrumentos musicais como a guitarra, bateria, baixo, etc. Exemplos deste tipo são Limp Bizkit, Beasty Boys, Linkin Park, Run Dmc e, os portugueses, Da Weasel. (Anónimo 2. S/D)
O Gangsta Rap nasceu nos Estados Unidos nos anos 80, mais especificamente na West Coast, nos guetos de LA e Compton. As letras de Gangsta Rap são caracterizadas como violentas, pois falam na sua maioria do dia-a-dia violento dos jovens e também costumam criticar a sociedade e mostrar as suas injustiças. O gangsta Rap é mau visto aos olhos da sociedade, é considerado condenável pois afirma-se que incita a violência e propaga a ignorância entre os jovens. Um dos maiores grupos de sempre de Gangsta RAP foi os N.W.A (niggaz with attitude), constituído pelo Eazy-E, Dr. Dre, Ice Cube, Mc Ren e Dj Yella. Foi também um dos mais polémicos, tanto que recebeu uma intimação do F.B.I para que suavizassem o conteúdo das letras devido ao clássico “Fuck The Police”. Tem como rappers mais conhecidos: Snoop Dogg, Nas, Dr. Dre, Ice Cube, etc.
O Pop Rap é o nome dado á junção do rap com a música pop. No Pop Rap os elementos do hip hop são deixados de lado dando lugar a um som mais melódico sem a profundidade nas letras e nem a agressividade dos outros estilos de rap. No Pop rap o mais importante é o refrão. O Pop Rap é a versão mais comercial do rap, pois fala de temas que as pessoas querem ouvir e são músicas que se podem dançar. Um dos primeiros MC’s a fazer sucesso com o Pop Rap foi Mc Hammer que ficou mundialmente famoso com a música “Can’t touch this”. As músicas de Kanye West, Busta Rhymes, entre outros, são exemplos de músicas Pop Rap. (Anónimo 2. S/D)
O Rap Underground é também conhecido como Rap alternativo é um estilo em que os MC’s focam as suas letras nos problemas da sociedade as desigualdades sociais a violência as necessidades das comunidades carentes, e também da vida em geral. É também o estilo mais original pois cada Mc mostra uma postura única o que o diferencia totalmente do Pop rap. O Rap Underground é o estilo menos comercial dentro do Rap pois dentro do estilo a mensagem e a verdade das letras é o principal, e é por isso que os Mc's por vezes gravam de forma independente sem editora. O rap Underground é o estilo de rap mais revolucionário. Tem como principais referências: Tupac Shakur, Eminem, Notorious B.I.G, entre outros. O movimento Underground é o que tem mais força em Portugal conta com MC’s como Valete, Adamastor, entre outros. (Anónimo 2. S/D)
O RAP e a violência
O RAP não foi a razão da violência; mas se tornou, por meio das canções, uma das representações da violência. Os produtores do RAP perceberam a força do tema no quotidiano e o consequente reforço dado pelos meios de comunicação, e especializaram se em abordar a violência em todas as suas dimensões. (Carvalho, J. B. S. 2006)
O facto de o RAP ter sido confundido preconceituosamente com o crime, como se a expressão incitasse à violência, impediu que a representação feita pela letra, que apenas tenta mostrar e alertar para o crime que acontece nos guetos, fosse plenamente apreendida e costuma-se associar, também, que o RAP feito, por negros, faz crer que ler e estudar é coisa de branco. Mas a realidade é que a sociedade prefere condenar ao permitir que verdades sejam ditas e mostradas. (Carvalho, J. B. S. 2006)
Bibliografia
Anónimo 1. (S/D) Rap. Online in http://pt.wikipedia.org/wiki/Rhythm_and_poetry, consultado em 9.12.2009.
Anónimo 2. (S/D) Rap. Online in http://screw.no.comunidades.net/index.php?pagina=1233071186, consultado em 09.12.2009.
Carvalho, J. B. S. (2006) RAP Contra Crime, Drogas e Violência. Online in http://www.capao.com.br/abre_artigo.asp?id_artigo=613, consultado em 09.12.2009.
Anónimo 4. (2004) RAP. Online in http://www.suapesquisa.com/rap/, consultado em 10.12.2009